No universo financeiro, os investimentos alternativos emergem como protagonistas, rompendo os padrões convencionais de ações, títulos de governo e renda fixa. A designação “alternativos” não é apenas um termo; representa uma ousada incursão além dos investimentos tradicionais encontrados nas bolsas de valores e nos mercados de títulos.
Os investimentos alternativos, muitas vezes, assumem a forma de estratégias únicas e sofisticadas, com destaque para duas figuras proeminentes: o Private Equity e o Venture Capital.
Contudo, vale salientar que quando se trata de investimentos alternativos, é vital compreender que sua menor liquidez, quando comparada aos ativos convencionais, não é uma desvantagem, mas sim uma característica intrínseca. Esses ativos não são negociados em bolsas, o que, por sua vez, confere maior morosidade ao processo.
Todavia, é precisamente essa complexidade que muitos investidores buscam, visto que os investimentos alternativos podem oferecer diversificação e retornos não diretamente correlacionados aos movimentos dos mercados tradicionais.
Outra faceta intrigante desse panorama financeiro alternativo é o Crowdfunding, uma prática que democratiza o investimento, permitindo que indivíduos invistam em projetos e empresas inovadoras. Essa abordagem descentralizada proporciona uma oportunidade única para investidores participarem ativamente do crescimento de empreendimentos promissores, muitas vezes inacessíveis por meios tradicionais.
Pensando em esclarecer a visão audaciosa que transcende as fronteiras dos investimentos convencionais, neste texto, vamos explicar mais sobre as aplicações que não podem ser considerados nem renda fixa, nem variável. Continue conosco e boa leitura!
Tabela Comparativa
Características | Investimento Anjo | Equity Crowdfunding | Venture Capital | Private Equity |
Fonte de Financiamento | Indivíduos ricos, empresários experientes | Múltiplos investidores individuais através de plataformas online | Empresas de gestão de fundos e investidores institucionais | Firmas de private equity e investidores institucionais |
Estágio da Empresa Alvo | Estágio inicial, geralmente startups | Inicial até estágio de crescimento | Estágio de crescimento (escala) | Empresas estabelecidas e maduras |
Participação no Capital | Pequena participação acionária | Múltiplos investidores com pequenas participações | Substancial participação acionária | Geralmente controle majoritário |
Objetivo do Investimento | Suporte inicial para startups promissoras | Financiamento coletivo para projetos específicos | Aceleração do crescimento e expansão | Reestruturação, expansão ou aquisição de empresas |
Envolvimento na Gestão | Ativo, geralmente oferecendo orientação e redes | Menor envolvimento, principalmente financeiro | Ativo, com participação na tomada de decisões estratégicas | Envolvimento ativo na gestão e tomada de decisões |
Risco e Retorno | Alto risco, potencial de retorno elevado | Risco variável, retorno potencial | Alto risco, retorno potencialmente alto | Risco médio a alto, retorno consistente |
Saída do Investimento | Geralmente através da venda da empresa ou IPO | Venda da empresa ou distribuição de dividendos | Venda da empresa ou IPO | Venda da empresa, IPO ou fusão |
Tempo de Investimento | Geralmente 3-7 anos | Variável, dependendo do projeto | 5-10 anos | 5-10 anos ou mais |
Requisitos para Empresas | Potencial de crescimento rápido e inovação | Acesso a plataformas de crowdfunding | Modelo de negócios escalável e sólida equipe de gestão | Histórico comprovado, estabilidade financeira |
Regulação e Formalidades | Menos regulamentado | Regulado para proteger os investidores | Regulado, mas com mais flexibilidade | Regulado, com requisitos rigorosos |
Tamanho do Investimento | Geralmente valores menores | Pequenos valores de muitos investidores | Varia, geralmente investimentos substanciais | Investimentos substanciais |
Esta tabela oferece uma visão geral das principais características e diferenças entre Investimento Anjo, Equity Crowdfunding, Venture Capital e Private Equity. É importante notar que essas categorias podem ter alguma sobreposição, e as características podem variar dependendo de casos específicos e da evolução do mercado financeiro.
Diferenças entre investimentos tradicionais e alternativos
Os investimentos tradicionais e alternativos possuem algumas diferenças importantes:
Disponibilidade
- Investimentos tradicionais são facilmente encontrados em bancos, corretoras de investimentos e na bolsa de valores;
- Os investimentos alternativos estão disponíveis em plataformas exclusivas para captação de investimentos, fintechs e exchanges especializadas.
Risco/Retorno
- Os investimentos tradicionais tendem a ter retornos mais modestos e riscos menores;
- Investimentos alternativos visam retornos potencialmente maiores, mas também com riscos aumentados.
Liquidez
- Ativos tradicionais como ações tender a ter maior liquidez;
- Investimentos alternativos costumam ter liquidez menor.
Portanto, os investimentos alternativos são uma opção diferente, com características únicas de disponibilidade, relação risco/retorno e liquidez.
Vantagens dos investimentos alternativos
Os investimentos alternativos oferecem diversas vantagens em comparação aos investimentos tradicionais. Aqui estão algumas das principais:
Diversificação
A diversificação é uma das maiores vantagens dos investimentos alternativos. Ao incluir ativos não convencionais em sua carteira, o investidor obtém fontes adicionais de retorno que não dependem diretamente do mercado financeiro tradicional. Isso ajuda a equilibrar e estabilizar a carteira como um todo.
Proteção contra oscilações macro/microeconômicas
Como os investimentos alternativos não são diretamente relacionados à economia tradicional, eles podem ajudar a proteger o patrimônio em momentos de grande volatilidade e oscilações nos mercados. Se um setor despenca, os ativos alternativos podem atuar independentemente e servir como uma “âncora” na carteira.
Retornos potenciais maiores
Alguns investimentos alternativos têm potencial para retornos mais expressivos do que muitos investimentos tradicionais. Claro que com retornos altos vem riscos maiores, mas para investidores mais arrojados as recompensas podem ser interessantes.
Perspectiva atual
Os investimentos alternativos vêm crescendo no Brasil nos últimos anos. Um exemplo desse crescimento é o crescimento da arrecadação de recursos por equity crowdfunding, que cresceu 61% em 2022. O montante saltou de R$ 130 milhões, no ano anterior, para impressionantes R$ 210 milhões.
Além disso, o equity crowdfunding é considerado uma forma democrática de participar do ecossistema de inovação, já que os aportes tendem a ser mais acessíveis do que em outras modalidades. Inclusive, é possível investir a partir de R$ 1 mil em muitas plataformas, atraindo cada vez mais investidores.
O aumento no acesso a esses ativos por meio de plataformas como o BridgeHUB tem contribuído para o crescimento desse mercado e das opções disponíveis aos investidores. Em 2023, a plataforma de arrecadação de recursos abriu oferta para a DANE-SE, com valor de cota por R$ 2.000,00, com percentual de participação societária de 0.0164% por cota.
O alvo mínimo de captação era de R$ 974.000,00, contudo a arrecadação de recursos para a DANE-SE surpreender com a obtenção de R$ 1.460.000,00 por meio de 84 investidores únicos.
Esses números mostram o quanto o mercado está aquecido e que os investimentos alternativos estão em ascensão no Brasil, impulsionados pelo aumento no acesso propiciado por novas plataformas digitais. Isso atraiu mais investidores e abriu novas possibilidades de diversificação de portfólio.
Regulamentação
Os investimentos alternativos, apesar de serem uma opção ao mercado tradicional, são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável por disciplinar e fiscalizar as ofertas públicas em nosso país.
Isso significa que as plataformas que oferecem esse tipo de investimento ao público precisam seguir requisitos e regras estabelecidas pela CVM 88 para poderem operar legalmente. Algumas das principais questões são:
- Registro na CVM como distribuidor de valores mobiliários;
- Aprovação do formulário de referência pela CVM;
- Apresentação de manuais e políticas internacionais para análise do perfil do investidor (suitability);
- Segregação patrimonial de recursos de clientes e da empresa;
- Contratação de custodiante para controlar os ativos dos investidores;
- Publicação de projeções financeiras auditadas.
Dessa forma, mesmo sendo uma alternativa, os investimentos nessa categoria contam com regulação e supervisão para garantir mais segurança jurídica e transparência para o investidor. A CVM exige o cumprimento de suas normas para que as plataformas cumpram autorização de funcionamento.
Tributação sobre investimentos alternativos
A tributação sobre investimentos alternativos depende muito do tipo de ativo que o investidor decidiu aportar. Isso porque, por se tratar de um conceito amplo e não de uma categoria específica, cada tipo de investimento alternativo possui suas próprias regras de tributação.
Portanto, é muito importante que o investidor verifique a tributação específica sobre cada tipo de ativo alternativo antes de investir. Assim, ele poderá obter melhor sua rentabilidade líquida e tomar uma decisão informada sobre em qual ativo deseja alocar seu patrimônio.
Ficar atento às regras de tributação de cada investimento alternativo também é essencial na hora de declarar os rendimentos no Imposto de Renda. O investidor precisa ter certificação de utilização do campo correto e uma alíquota devida para cada tipo de ativo que possui em sua carteira.
Dessa forma, conhecer profundamente a tributação é fundamental para que o investidor em ativos alternativos maximize seus rendimentos após o pagamento de impostos. A assessoria de um profissional especializado pode ser muito útil para orientar o investidor sobre as particularidades tributárias de cada opção.
Tipos de investimentos alternativos
Existem vários tipos de investimentos que são considerados alternativos, incluindo:
Capital privado
Private equity refere-se a investimentos em empresas ainda não incluídas em bolsa. O investidor compra parte do capital social da empresa com expectativa de valorização e retorno no futuro. É um investimento de alto risco e retorno potencialmente alto também.
Criptomoedas
As criptomoedas como Bitcoin e Ethereum são considerados investimentos alternativos por sua natureza digital e descentralizada. Apesar da alta volatilidade, oferecem potencial de retornos elevados. A diversificação com criptomoedas é uma opção, mas exige estudos sobre as moedas.
Venture Capital
O Venture Capital direciona seu foco para o futuro, concentrando-se em investir em startups e empresas inovadoras. Essa forma de investimento vai além do convencional, apoiando empreendimentos promissores em seus estágios iniciais. O Venture Capital não apenas fornece capital financeiro, mas também expertise e orientação estratégica, contribuindo para o desenvolvimento dessas empresas inovadoras.
Crowdfunding
No âmbito do financiamento coletivo, o Crowdfunding destaca-se como uma abordagem descentralizada e inclusiva. Essa prática permite que investidores individuais participem ativamente do apoio a projetos e empresas inovadoras. Ao envolver a comunidade, o Crowdfunding não apenas viabiliza financeiramente empreendimentos, mas também cria uma conexão direta entre os investidores e as iniciativas que buscam apoio.
Onde encontrar as oportunidades
As oportunidades de investimento em ativos alternativos são geralmente encontradas em fintechs, exchanges especializadas e plataformas de arrecadação por equity crowdfunding como o BridgeHUB. Essas plataformas oferecem acesso a uma ampla gama de ativos que não estão disponíveis nos mercados tradicionais. Algumas dessas plataformas são regulamentadas pela CVM e autorizadas a operar no Brasil.
Analisar plataforma e grupo controlador
É essencial fazer uma análise cuidadosa tanto da plataforma quanto do grupo controlador antes de investir. Avalie a confiança, experiência no mercado, solidez financeira e compromisso com governança e transparência. Verifique também os custos de transação e outras taxas cobradas.
Buscar alocação ideal para perfil
Cada investimento alternativo tem suas próprias características de risco, retorno e liquidez. Estude bem os ativos disponíveis e monte uma carteira diversificada que atenda ao seu perfil e objetivos. Lembre-se de que, por serem menos líquidos, esses investimentos costumam exigir um horizonte de longo prazo. Comece com alocações menores até conhecer bem esse mercado.
Perspectivas para 2024
O ano de 2023 foi de grande crescimento para o mercado de investimentos alternativos, e a expectativa é que esse avanço continue em 2024. São três as principais perspectivas para esse tipo de investimento no próximo ano:
- Continuar crescendo em relevância: Espera-se que os investimentos alternativos sigam ampliando sua participação nas carteiras e estratégias dos investidores brasileiros. Isso porque eles oferecem diversificação, retornos ambientais mais altos e proteção contra oscilações macroeconômicas. Portanto, devem conquistar ainda mais espaço;
- Novos produtos: É provável que surjam novas modalidades e opções de investimentos alternativos em 2024. Isso trará mais possibilidades para que os investidores encontrem ativos que se encaixem em seu perfil e estratégia. As plataformas especializadas tendem a lançar novos produtos que atendem à demanda do mercado;
- Evolução regulatória: Como se trata de um mercado novo, é esperada uma evolução no âmbito da regulamentação dos investimentos alternativos por órgãos como a CVM. Isso traz mais segurança jurídica e complementa essas aplicações. Deve haver avanços nas normas e fiscalização do setor;
Desta forma, 2024 tende a ser um ano de expansão e amadurecimento para os investimentos alternativos, com mais relevância, opções e segurança regulatória. Isso permitirá que mais investidores brasileiros conheçam e se beneficiem dessas aplicações.
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