Certificado de Depósito Bancário: o que é, e como investir? 

Descubra como investir em CDBs: funcionamento, benefícios, riscos e escolha ideal para seu perfil com proteção do FGC.
Certificado de depósito bancário
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O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos investimentos mais populares entre os brasileiros que buscam opções de renda fixa além da poupança. Trata-se de um título de crédito emitido pelos bancos visando captar recursos para financiar suas atividades. 

O CDB foi criado em 1966 pelo Banco Central para regular as operações bancárias de captação de recursos realizados pelos bancos comerciais. Desde então, ele se popularizou e hoje é encontrado na maioria das instituições financeiras do país. 

O grande atrativo do desse ativo é sua simplicidade. O investidor empresta dinheiro ao banco por um prazo determinado e recebe uma remuneração pré-estabelecida em troca. Diferentemente da poupança, eles permitem acordar taxas de juros maiores, tornando-se uma opção interessante para quem busca retornos mais altos com riscos controlados. 

Por ser um título de renda fixa garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil, são vistos como investimentos seguros. Sua popularidade cresceu nos últimos anos conforme os juros da poupança foram investidos. Atualmente, eles movimentam centenas de bilhões de reais no mercado financeiro brasileiro. 

Neste guia, vamos te explicar tudo sobre o Certificado de Depósito Bancário. Confira!

Como funcionam os Certificados de Depósito Bancário 

Os certificados de depósito bancário funcionam de maneira semelhante a outros investimentos de renda fixa, como títulos públicos e debêntures. Ao comprar um CDB, o investidor empresta dinheiro ao banco emissor, que utiliza esses recursos para financiar suas atividades de crédito. Em troca, o banco se compromete a devolver o valor investido acrescido de juros combinados após um determinado período. 

O mecanismo básico de funcionamento é o seguinte: 

  1. O investidor transfere recursos para a conta da corretora e utiliza esses recursos para comprardas instituições financeiras de seu interesse; 
  1. Ao comprar, o investidor empresta o valor investido para o banco emissor do certificado; 
  1. O emissor utiliza os recursos captados com a venda do ativo para expandir suas atividades de crédito, ou seja, emprestar dinheiro para outros clientes; 
  1. Após o prazo determinado, o banco devolve o valor investido ao comprador, acrescido dos juros contratados, sem necessidade de intermediação da corretora. 

Dessa forma, o investidor obtém rendimento sobre o valor investido no Certificado de Depósito Bancário. 

Tipos de Certificado de Depósito Bancário 

Existem três principais tipos de CDBs disponíveis para investimento: 

Prefixado 

No prefixado, a taxa de juros é definida no momento da aplicação e não muda durante todo o prazo do certificado. Ou seja, o investidor sabe exatamente qual será o pagamento em reais que receberá ao final do investimento. Por exemplo, um prefixado com taxa de 5% ao ano pagará exatamente 5% ao ano até o vencimento. 

Pós-Fixado 

O pós-fixado tem sua rentabilidade vinculada a um indexador, normalmente o CDI. Nesse caso, o investidor sabe qual será o indexador desde o início, mas não consegue prever o quanto ganhará em reais, pois isso dependerá da variação do indexador. 

Geralmente a remuneração é aplicada em percentual do CDI (100% do CDI, 120% do CDI etc). Se o CDI variar ao longo do prazo do certificado, o retorno em reais também variará. 

Atrelado à Inflação 

O atrelado à inflação, como o nome diz, tem sua rentabilidade vinculada a um índice de inflação, normalmente o IPCA ou o IGP-M. Nesse caso, o investidor recebe uma parte dos salários prefixados e outra parte variável conforme a inflação no período. 

Dessa forma, combina características dos prefixados e pós-fixados, sendo uma opção interessante para quem quer proteger seu capital da inflação. 

Rentabilidade dos CDBs 

A rentabilidade desses ativos depende de alguns fatores importantes: 

Fatores que influenciam a rentabilidade. 

  • Taxa de juros: pós-fixados têm rentabilidade atrelada a taxas de juros como o CDI. Quanto maior a taxa, maior a rentabilidade. Já os pré-fixados possuem taxas definidas na aplicação. 
  • Prazo: longos tendem a ter rentabilidade maior que curtos. 
  • Risco de crédito: CDBs de instituições com maior risco costumam oferecer maior para compensar. 
  • Liquidez: sem liquidez antes do vencimento costumam render mais. 
  • Custos e tributação: Compare plataformas quanto a custos que podem reduzir a rentabilidade final. Lembre-se também da tributação sobre os rendimentos dos ativos.
  • Progressividade: Alguns aumentam a taxa conforme o tempo investido, incentivando a permanência. 

Portanto, para maximizar a rentabilidade, busque opções de prazo maior, sem liquidez antes do vencimento emitidos, por instituições sólidas e oferecidas em plataformas com menores custos. 

Liquidez dos Certificados de Depósito Bancário 

Com que facilidade é possível resgatar o dinheiro investido em um Certificado de Depósito Bancário? Para responder a essa pergunta, é preciso entender a diferença entre dois conceitos: liquidez diária e liquidez no vencimento. 

Os CDBs são papéis com vencimento. Significa que as condições acordadas na aplicação – como os pagamentos – são garantidas até uma determinada data, quando o dinheiro volta para as mãos do investidor. Mesmo tendo uma data de vencimento, muitos (principalmente de grandes bancos) oferecem liquidez diariamente. Assim, é possível resgatá-los a qualquer momento, mesmo antes do prazo final. 

Em alguns casos, passam a contar com liquidez diária após um certo prazo mínimo em que o dinheiro não pode ser resgatado – é a carência. Então, em um papel de liquidez diário com carência de seis meses, o resgate é permitido a qualquer momento depois que esse prazo for cumprido. 

Mas também existem opções que preveem liquidez apenas no vencimento. Quer dizer que o investidor não pode resgatar os recursos junto ao emissor antes do prazo final nas mesmas condições no momento da aplicação. Em troca disso, esses papéis normalmente oferecem uma remuneração melhor do que a dos com liquidez diária. 

Existem opções com prazos de vencimento bem distintos. É possível encontrar papéis de curto prazo, resgatados a partir de seis meses ou um ano, e há também CDBs longos, com vencimento a partir de dois anos, podendo chegar a cinco ou mais. Esses são indicados para quem está poupando com vistas ao longo prazo. 

O que um investidor pode precisar de dinheiro antes do vencimento? A alternativa é negociar o CDB no mercado secundário, vendendo o papel diretamente a outros investidores. Nesse caso, o negócio é fechado a preços de mercado – que podem ser superiores ou inferiores ao que foi pago no momento da aplicação. Não há uma garantia de que um salário acertado será obtido. 

Riscos dos CDBs 

Os CDBs, como qualquer investimento financeiro, envolvem riscos que devem ser avaliados antes da aplicação. O principal deles é o risco de crédito. 

Risco de crédito 

O risco de crédito representa a possibilidade de a instituição financeira emissora não honrar seus compromissos e dar calote aos investidores. Antes de investir em um CDB, é essencial analisar a comissão e a solidez financeira da instituição emissora. 

Uma forma de avaliar o risco de crédito é verificar a classificação de crédito da instituição. O rating é uma nota atribuída por agências de classificação de risco que avaliam a capacidade de pagamento de uma empresa. Quanto maior o rating, menor o risco de não pagamento. 

De modo geral, quanto maior o rating, menor tende a ser a rentabilidade obtida pelo CDB, pois o risco de inadimplência é menor. Já CDBs com remunerações elevadas merecem uma análise cuidadosa do rating da instituição emissora antes da aplicação. 

Custo de CDBs 

Ao investir em CDBs, é importante considerar os custos envolvidos. Entenda quais são as principais taxas e impostos: 

Taxa de administração 

Diferentemente dos fundos de renda fixa, os CDBs não envolvem a cobrança de impostos de administração. O investidor não paga uma porcentagem do valor investido para que o banco ou a corretora administre os recursos. 

IOF 

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide sobre as aplicações em CDBs que são resgatados em menos de 30 dias. 

A alíquota do IOF pode variar entre 96% e 3% sobre o rendimento do CDB, seguindo o tempo decorrido entre a aplicação e o resgate: 

Resgate em até 2 dias: alíquota de 96% 

Resgate entre 3 e 29 dias: alíquota de 3% 

Portanto, para evitar o IOF, o ideal é manter o investimento por pelo menos 30 dias. 

Imposto de Renda 

Os rendimentos dos CDBs estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda. A alíquota varia de acordo com o prazo em que os recursos permanecem aplicados: 

  • Até 180 dias: alíquota de 22,5%; 
  • De 181 a 360 dias: alíquota de 20%; 
  • De 361 a 720 dias: alíquota de 17,5%; 
  • Acima de 720 dias: alíquota de 15%. 

Quanto maior o prazo de investimento, menor é a alíquota cobrada sobre os rendimentos. 

Onde investir em CDBs 

Bancos tradicionais X corretoras 

Os CDBs podem ser encontrados tanto em bancos tradicionais quanto em corretoras de valores. Ambos têm suas vantagens e vantagens: 

Bancos tradicionais – Ao investir em CDBs de bancos onde você já tem conta, há facilidade de transferência de valores entre contas. Além disso, os grandes bancos contam com a segurança de serem instituições conhecidas e consolidadas. Por outro lado, os CDBs de bancos grandes costumam ter rentabilidade limitada, normalmente entre 80-90% do CDI. 

Corretoras – As corretoras disponibilizam uma gama maior de opções de CDBs, incluindo opções com rentabilidade superior, de bancos médios e pequenos. Porém, será necessário abrir conta na corretora, o que adiciona mais um passo ao investimento. As corretoras cobram taxas menores, mas ainda assim é preciso considerar esses custos. 

Ao escolher onde investir, considere seu perfil. Os investidores conservadores podem preferir a facilidade dos bancos tradicionais. Já os investidores que buscam retornos maiores podem se beneficiar da variedade de opções das corretoras. De qualquer forma, é importante diversificar seus investimentos entre diferentes instituições para diluir riscos. 

Quando vale a pena investir em CDBs? 

Os CDBs são uma opção interessante para quem busca uma rentabilidade melhor do que a da poupança, com um risco relativamente baixo. Eles podem ser uma boa porta de entrada para investimentos de renda fixa mais sofisticados. 

CDBs com liquidez diária são indicados para reserva de emergência ou objetivos de curto prazo. Já CDBs de prazo mais longo podem ser usados em planejamentos de médio e longo prazo. 

CDBs de bancos médios e pequenos costumam oferecer rentabilidade superior por conta do risco de crédito um pouco maior. Mas a garantia do FGC ajuda a mitigar parte desse risco. 

Prós 

  • São cobertos pelo FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF e instituição. Isso traz mais segurança. 
  • Não cobram taxas de administração, como os fundos de renda fixa. 
  • São investimentos simples e acessíveis, encontrados na maioria dos bancos e corretoras.  

Contras 

  • A Rentabilidade costuma ser inferior a outros investimentos de renda fixa, como o Tesouro Direto. 
  • CDBs muito rentáveis tendem a envolver maior risco de crédito. 
  • Os limites do FGC excluem uma diversificação entre emissores para ampliar a cobertura. 
  • Liquidez mais baixa está associado à rentabilidade mais alta. Nem todo CDB permite resgate antes do vencimento. 
  • Há risco de “repique” da taxa Selic, o que afetaria a rentabilidade dos CDBs atrelados ao CDI. 

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