Quem são os órgãos reguladores do mercado financeiro 

Conheça mais sobre o BACEN, CVM e SUSEP, órgãos reguladores do mercado financeiro do Brasil, que fiscalizam e protegem investidores.
Órgãos reguladores do mercado financeiro
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Você já parou para pensar em como é importante ter instituições que regulamentam e fiscalizam o mercado financeiro? Esses órgãos são responsáveis por garantir a transparência, a segurança e a estabilidade do mercado, evitando fraudes e irregularidades que prejudicam os investidores e a economia como um todo. 

Isso quer dizer que os órgãos reguladores do mercado financeiro têm um papel fundamental no monitoramento das atividades financeiras, assegurando que as instituições que atuam nesse ramo cumpram as normas estabelecidas. 

Neste artigo, vamos apresentar as principais instituições reguladoras do mercado financeiro no Brasil e explicar as funções e responsabilidades de cada uma delas. O objetivo é que você conheça melhor esse universo importantíssimo para a economia do país! 

O que é o mercado financeiro?

O mercado financeiro é o ambiente onde são realizadas as transações financeiras entre os agentes econômicos. Ele abrange um conjunto de instituições, instrumentos e mecanismos por meio dos quais se efetuam as transferências de recursos entre poupadores, investidores e tomadores de crédito. 

O mercado financeiro é dividido em segmentos, de acordo com os produtos negociados: 

  • Mercado monetário: é o segmento onde são negociados títulos de curtíssimo prazo, com vencimento em até 1 ano. Exemplos: Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Câmbio (LCs) e Letras do Tesouro Nacional (LTNs); 
  • Mercado de capitais: é o segmento onde são negociados títulos de médio e longo prazo, com vencimento acima de 1 ano. Exemplos: ações, debêntures, notas promissórias e cotas de fundos de investimento; 
  • Mercado de câmbio: é o segmento onde são negociadas as operações de compra e venda de moedas estrangeiras; 
  • Mercado de crédito: é o segmento onde são realizadas as operações de empréstimos e financiamentos entre instituições financeiras, empresas e pessoas físicas. Exemplos: crédito pessoal, crédito imobiliário, crédito rural, entre outros; 
  • Mercado de derivativos: é o segmento onde são negociados os contratos derivativos, cujo valor depende de um ativo subjacente. Exemplos: futuros, opções, swaps e termos. 

O mercado financeiro desempenha um papel fundamental para a economia, permitindo a transferência de recursos dos agentes superavitários para os deficitários, promovendo o financiamento das atividades produtivas e viabilizando os investimentos

O que é o Sistema Financeiro Nacional? 

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto de instituições financeiras do país. Ele é dividido em três categorias de entidades: as normativas, as supervisoras e as operadoras. 

As entidades normativas do Sistema Financeiro Nacional criam as regras cujas entidades operadoras devem seguir e que entidades supervisoras devem fiscalizar. 

Entre os objetivos do SFN, os principais são canalizar recursos para o desenvolvimento econômico do Brasil e proteger os interesses dos consumidores. Isso é alcançado através da promoção da estabilidade e garantia da solidez e segurança do sistema financeiro todo. 

O SFN é composto por: 

  • Órgãos Normativos: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e Conselho de Previdência Complementar (CNPC);
  • Órgãos Supervisores: Banco Central (BC), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc); 
  • Operadores: bancos, corretoras, bolsas de valores, cooperativas de crédito, seguradoras, entre outros. 

Diferença entre Sistema Financeiro e Mercado Financeiro 

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto de instituições de normatização, fiscalização e operação financeira. Já o mercado financeiro é o cenário onde acontecem as negociações que envolvem dinheiro. 

O mercado financeiro faz parte do Sistema Financeiro e é dividido em tipos de mercado, como o mercado de capitais, mercado monetário, mercado de câmbio, etc. 

Enquanto o Sistema Financeiro Nacional é todo o aglomerado de instituições que viabilizam as operações financeiras, o mercado financeiro é o nome dado para o universo das negociações financeiras. 

Órgãos normativos, fiscalizadores e operadores do SFN 

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por três categorias de entidades: as normativas, as supervisoras e as operadoras. 

As entidades normativas do SFN são responsáveis por criar as regras e normas que devem ser seguidas pelas instituições financeiras. Entre elas estão: 

  • Conselho Monetário Nacional (CMN) – Responsável por formular a política da moeda e do crédito, definindo diretrizes para o funcionamento do SFN. 
  • Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) – Regula e supervisiona os mercados de seguro, previdência complementar aberta e capitalização. 
  • Conselho de Previdência Complementar (CNPC) – Regula o regime de previdência complementar fechada. 

Já as entidades supervisoras têm como função fiscalizar se as regras estão sendo cumpridas pelas instituições financeiras. Os principais órgãos supervisores são: 

Por fim, as entidades operadoras são aquelas que realizam as atividades financeiras propriamente ditas, como bancos, corretoras, seguradoras, entre outras. Elas devem seguir as normas estabelecidas pelos órgãos normativos e são fiscalizadas pelos órgãos supervisores. 

O que são órgãos reguladores do mercado financeiro? 

Os órgãos reguladores do mercado financeiro são entidades responsáveis por estabelecer e fiscalizar normas e regulamentações. 

Portanto, quando se fala nos órgãos reguladores, falamos das instituições que visam garantir segurança, transparência e eficiência das atividades financeiras realizadas no país. 

Entre esses órgãos, destacam-se o Banco Central do Brasil (BACEN, ou BC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Conselho Monetário Nacional (CMN). Eles fazem parte do Sistema Financeiro Nacional e cada um possui responsabilidades específicas – como a regulação de bancos, corretoras de valores, bolsas de valores, seguradoras e outras instituições financeiras. 

Além deles, existem também algumas entidades autorreguladoras – como a Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, que tem como objetivo complementar a atuação dos órgãos reguladores, promovendo boas práticas e a ética no mercado financeiro. 

Os órgãos reguladores do Mercado Financeiro têm uma importância crucial na economia de um país, pois eles são responsáveis por garantir a estabilidade e a segurança do sistema financeiro. Em outras palavras, eles ajudam a proteger os investidores e a sociedade em geral. 

As normas impostas por tais órgãos incluem requisitos de capitalização, reservas obrigatórias, limites de alavancagem e outras medidas que ajudam a prevenir crises financeiras e a manter a solidez do sistema financeiro. 

Além disso, os órgãos reguladores são responsáveis por fiscalizar e controlar as atividades das instituições financeiras, assegurando que elas cumpram as determinações e atuem de forma ética e transparente. Essa fiscalização inclui a realização de inspeções regulares, a análise das demonstrações financeiras e a verificação do cumprimento das normas de conduta. 

Os órgãos reguladores também desempenham um papel importante na proteção dos investidores e da sociedade. Eles têm a responsabilidade de promover a educação financeira e a transparência no mercado, além de atuar em casos de fraudes e irregularidades, garantindo que os investidores sejam ressarcidos e os responsáveis sejam punidos. 

CVM 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um dos principais órgãos reguladores do mercado financeiro no Brasil. Ela foi criada em 1976 pela Lei 6.385 com o objetivo de fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no país. 

A CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda e tem como principais atribuições: 

  • Regulamentar, desenvolver, disciplinar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários e derivativos. 
  • Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores. 
  • Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de mercado. 
  • Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão. 
  • Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários. 
  • Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas. 
  • Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido. 
  • Evitar ou coibir práticas não equitativas de mercado. 
  • Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas por todos que atuem no mercado de valores mobiliários. 
  • Assegurar a observância no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. 

Portanto, a CVM exerce um papel fundamental na regulação, supervisão e desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Ela é essencial para garantir um ambiente seguro e transparente para investidores, diminuindo riscos de fraudes e irregularidades. 

BACEN 

O Banco Central (BACEN) também é vinculado ao Ministério da Fazenda e é uma das principais autoridades monetárias do país. 

Trata-se de um importante órgão regulador do Sistema Financeiro Nacional, encarregado por estabelecer as normas e diretrizes para o seu funcionamento, bem como por fiscalizar e supervisionar as instituições financeiras. 

Ele atua na regulação do mercado bancário, cambial e de crédito. Além disso, o Banco Central do Brasil destaca-se por ser um órgão que executa as políticas monetárias para o controle e oferta de dinheiro em circulação. 

ANBIMA 

A ANBIMA é a associação que representa as entidades do mercado financeiro e de capitais no Brasil, como as corretoras de valores, gestores de recursos e bancos de investimento. 

Ela visa promover o desenvolvimento dos mercados financeiros, além de estabelecer padrões éticos e técnicos para a atuação dos seus associados. 

A ANBIMA não é um órgão regulador, mas uma associação autorreguladora que representa as instituições que atuam no mercado de capitais brasileiro. 

Foi fundada em 2009 a partir da fusão entre ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) e ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro). 

A associação tem como principais funções: 

  • Representar os interesses de suas associadas perante os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
  • Contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do mercado de capitais brasileiro. 
  • Promover boas práticas e elevados padrões éticos e profissionais entre seus associados. 
  • Elaborar estudos e pesquisas sobre o mercado financeiro e de capitais. 
  • Desenvolver programas de educação financeira e divulgar informações sobre o mercado para a sociedade. 
  • Administrar códigos e certificações que atestem o cumprimento de boas práticas pelas instituições associadas. 

A ANBIMA não possui poderes regulatórios, mas atua em parceria com os órgãos oficiais como CVM e Banco Central para aprimorar a regulação do mercado e garantir sua credibilidade e desenvolvimento. 

SUSEP 

A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é o órgão responsável por fiscalizar e regular o mercado segurador brasileiro. Ele foi criado em 1966 e tem como principais funções: 

  • Fiscalizar as operações das seguradoras, previdência complementar aberta, resseguradores, corretores e demais participantes do mercado supervisionado. 
  • Autorizar o funcionamento de novas empresas e produtos do mercado supervisionado. 
  • Estabelecer as normas contábeis, atuariais e estatísticas para o setor. 
  • Analisar reclamações e aplicar sanções administrativas quando necessário. 
  • Promover a estabilidade do mercado e a solvência das instituições supervisionadas. 
  • Proteger os direitos dos consumidores e segurados. 
  • Difundir a cultura do seguro no país. 

A SUSEP tem um papel fundamental na regulação do mercado de seguros, pensões e capitalização. Ela garante que as seguradoras honrem seus compromissos com os clientes, mantenham reservas técnicas adequadas e operem dentro das normas estabelecidas. 

Dessa forma, a SUSEP promove a solidez e a credibilidade do setor, o que é essencial para atrair cada vez mais clientes e permitir o desenvolvimento sustentável do mercado. Os segurados também se beneficiam da atuação do órgão, que os protege de empresas irregulares e garante seus direitos como consumidores. 

PREVIC 

A PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) é o órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar, também conhecidas como fundos de pensão. 

Ela foi criada em 2009 e está vinculada ao Ministério da Fazenda. Sua missão é proteger os interesses dos participantes e beneficiários dos planos de benefícios, zelando pela solvência, liquidez e transparência desses fundos. 

As principais atribuições da PREVIC são: 

  • Fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar, verificando o cumprimento da legislação e normas em vigor. 
  • Autorizar a constituição e o funcionamento dessas entidades, analisando toda a documentação necessária. 
  • Analisar os demonstrativos atuariais, contábeis e de investimentos dos fundos de pensão. 
  • Aplicar penalidades e medidas administrativas quando irregularidades são identificadas. 
  • Mediar conflitos entre participantes, patrocinadores e entidades fechadas de previdência. 
  • Promover a educação financeira e previdenciária dos participantes dos fundos de pensão. 

Dessa forma, a PREVIC garante que os fundos de pensão cumpram suas obrigações com os participantes e beneficiários, oferecendo planos de benefícios sólidos e seguros. Sua atuação é fundamental para manter a credibilidade e a segurança desse importante pilar da previdência social no Brasil. 

Por fim, neste artigo, apresentamos os principais órgãos reguladores do mercado financeiro brasileiro e suas respectivas funções. Vimos que eles desempenham um papel fundamental para garantir a estabilidade, transparência e segurança do sistema financeiro. 

Recapitulando, os órgãos reguladores mais importantes são: 

  • CVM – Regula e fiscaliza o mercado de valores mobiliários, como ações e fundos de investimento. Protege os investidores. 
  • BACEN – Responsável pela regulação do sistema bancário e pela política monetária. Controla a emissão de moeda e taxa de juros. 
  • ANBIMA – Estabelece padrões éticos e técnicos para instituições do mercado financeiro. 
  • SUSEP – Regula as atividades das seguradoras e planos de previdência complementar aberta. 
  • PREVIC – Fiscaliza as entidades fechadas de previdência complementar. 

A atuação desses órgãos é essencial para que os investidores possam aplicar seu dinheiro com segurança, sabendo que o mercado é monitorado e fiscalizado. Alguns conselhos rápidos para investir com tranquilidade: 

  • Invista apenas por meio de instituições regulamentadas, como bancos, corretoras e assessorias credenciadas. 
  • Diversifique sua carteira para diluir riscos. 
  • Analise bem cada produto financeiro antes de investir. 
  • Cuidado com promessas de retornos absurdos ou garantidos. 
  • Mantenha uma reserva financeira para emergências antes de investir. 

Seguindo essas dicas e os órgãos reguladores, você poderá investir no mercado financeiro com muito mais segurança e confiança em seu futuro! 

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