Encerramento do ciclo de alta dos juros nas mãos do FED

Descubra as tendências nos mercados globais em novembro: crescimento nas bolsas, mudanças nas taxas de juros e influência do Federal Reserve.
Encerramento do ciclo de alta dos juros nas mãos do FED
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Quem acompanha as notícias do mercado financeiro tem observado que as oscilações das Treasuries, título de dívida do governo dos EUA, e o ciclo de alta dos juros vêm influenciando o sentimento dos mercados nos últimos meses, afetando a performance de ativos em todo o mundo.

Dessa forma, o mês de novembro foi marcado por um movimento forte de risk on nos mercados globais, ou seja, indicando alta nas bolsas e queda nas taxas de juros. Do lado das ações, observamos a bolsa brasileira apresentando um crescimento de aproximadamente 13%, enquanto a bolsa americana registrou uma elevação de cerca de 9%. No cenário de juros, o DI2033 encerrou com um aumento de quase 10%, e a treasury de 10 anos fechou em aproximadamente 14%, movimentações extremamente expressivas para o mercado de juros.

Tais movimentações ocorreram principalmente devido à percepção de que o Federal Reserve (FED), embora não tenha deixado isso claro em seus comunicados, já terminou o ciclo de alta de juros. Isso resultou em uma acentuada queda nas taxas longas dos EUA, impactando de maneira semelhante às taxas de juros no Brasil. Essa circunstância foi a desculpa perfeita para ações engatarem no forte rally desse último mês.

Acompanhado dessa percepção mais dovish do mercado, os dados econômicos indicaram um desaquecimento na economia americana, corroborando a tese de que o ciclo de alta de juros nos EUA realmente chegou ao fim.

No Brasil, o nosso ciclo de queda de juros segue intacto, com o Banco Central (BACEN) deixando claro o ritmo de 50bps para as próximas reuniões, buscando taxas mais condizentes com a atual trajetória descendente da inflação.

O que o mercado busca responder daqui para frente é: qual será o patamar final das taxas de juros no Brasil, quando o FED iniciará o corte das taxas nos EUA e quanto a economia americana vai desacelerar ano que vem.
As respostas a essas perguntas vão dizer o quão agressivos ou defensivos precisaremos estar nos próximos meses.

Por ora, é provável que vejamos alguma correção ou lateralização nas bolsas, porém não há grandes indícios de que essa alta tenha se encerrado. Dependendo do seu apetite a risco, é importante considerar algum rebalanceamento na carteira.

Ficamos à disposição para maiores esclarecimentos.

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